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Principais Exposições:

1989 - Salão Museu da UFRGS

1991 - Casa de Cultura Mário Quintana

1992 - Secretaria de educação do RS

1993 - Câmara dos Vereadores de POA

1994 - Assembleia Legislativa do RS

1996 - Figurino da escola de samba U.B. - Cruz alta

1998 - 2ª semana da consciência negra da câmara municipal de poa

1999 - Espaço Cultural Panatieri - Rio Pardo/RS

2012 – Chalé da Cultura no GHC

2016 - Simpósio Internacional da Saúde da População Negra - Porto Alegre/RS

Calendários:

1996 – Bará ;1997 - Xapanã; 1998 - Ogun; 1999 - Iemanjá; 2000 - Oxum e exus; 2002 - Xangô e Iansã; 2003 - Xapanã e Obá; 2004 – Oxóssi; 2005 – Iansã e Oxum; 2006 – Ogum; 2007 – Bará; 2008 – Ogum e Iansã; 2009 – Iemanjá e Xangô; 2016 - Yemanja; 2017 - Oxala; 2018 - Bará.

Paulo Montiel é artista plástico, estudioso e pesquisador da cultura afro descendente. Em seu trabalho como artista plástico pintou inúmeras telas à óleo, desenhos e serigrafias retratando elementos dessa cultura. Montiel nasceu em 1958, no interior do estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Cruz do Sul, região de colonização alemã. Sua bisavó, Antônia Canabarro, foi trabalhadora escravizada e pertencia a família Canabarro. Ainda criança se muda com a família para Porto Alegre, no bairro Bom Jesus, vila periférica da cidade naquela época. Desde cedo se mostrou sensível às questões da espiritualidade e da religião afrodescendente. Frequentava festas de  terreiro de Batuque e Umbanda.

Durante sua trajetória a escolha pela representação de elementos da cultura afro descendente está intimamente ligada às relações familiares e comunitárias. Quando começa a se expressar artisticamente é nessa raiz que busca sua inspiração. Suas telas de orixás são conhecidas por muitos daqueles que vivem essa religiosidade no estado do Rio Grande do Sul devido a circulação dos Calendários dos Orixás regentes do ano.

Quando trabalhava na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, aprofundou a pesquisa sobre a representação do corpo humano frequentando o morgue da faculdade de medicina. Confiante no potencial de sua arte, Montiel pede demissão da UFRGS e se dedica integralmente à pintura.

Em 1996 criou a OJIXÉ PUBLICIDADE, com a proposta de trazer informações sobre a origem da cultura afro religiosa brasileira no RS. E como produto de publicidade para os centros de religião africana (Ylê).
Esse projeto destinava 10% de sua arrecadação líquida para financiamento na área social e cultural. Nesse mesmo ano iniciou a série de calendários com os Orixás;
Em 2003 a produção financiou a Festa de natal da Associação da comunidade Quinta do Portal Vila MApa e em 2004 o Centro de Apoio ao portador da anemia falciforme. 

A pesquisa por novos elementos dessa cultura levou Montiel à outros países e estados, iniciando suas incursões no Rio de Janeiro e Bahia. De Salvador trouxe uma série de traços religiosos cultuados no estado do nordeste pouco conhecidos na região sul. Com seus quadros embaixo do braço foi para a Espanha e o Marrocos, divulgar sua obra e aprofundar pesquisas. Em 2009 sofreu um acidente, o que resultou em estado comático do artista durante trinta dias, comprometendo sua mobilidade e memória, bem como seu jeito de fazer arte, seu traço, por um período de recuperação. Em 2010, estabelece relação com o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre, “vizinho” de sua antiga residência, estabelecendo vínculo com os profissionais do lugar, onde atualmente tem seu atelier e parte do acervo.

 

Biografia

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